Contar e ouvir histórias é sempre um convite à descoberta. Quando ouvimos a palavra contada arregalamos nossos olhos, esticamos nossos ouvidos e o corpo relaxa como se estivesse se aprontando para receber o conto.
Dentro de nós, ouvintes, vão entrando os personagens, com roupas diferentes, cenários diversos, cheiros, cores e sabores que fazem funcionar todos os sentidos.
Ouvir uma história é também saboreá-la em pedaços, sentindo a diferença de cada gosto. Doce, amargo, com gosto de sal, e por vezes, levemente temperada.
As histórias despertam os sentidos não só de quem escuta, mas também de quem conta.
O contador de história que irá contar, vestindo-se com os personagens, encantando-se com as palavras, perfumando-se com o aroma dos verbos e objetos.
Em cada movimento um olhar, um sorriso, uma pausa.
E na sala de aula, na biblioteca, no palco ou na casa da gente, vamos dando asas à imaginação em parceria com o ouvinte.
Crianças, adolescentes ou adultos, todos recebem o bilhete de entrada e partem juntos com o contador para uma viagem além das palavras. E descobrem, nessa viagem, que uma história lembra outra e que de algumas gostam mais. E gostam tanto que tem a vontade de reencontrá-la sempre e por isso pedem:
- Repete!
E a história é contada e recontada por muitas vezes. Todas as vezes que os desejos dos ouvintes solicitarem.
Cabe ao contador entender a vontade de se apropriar da história que o ouvinte muitas vezes quer. Então que sejam contadas tantas vezes quanto a vontade pedir, e que cada vez seja com a emoção da primeira vez. Uma vez única, e especial sempre para os ouvidos de quem escuta e os olhos de quem enxerga a história com os olhos do coração.
Não temos dúvida de que grande parte da história da humanidade foi impressa na oralidade e não temos dúvida também de que o mundo contemporâneo anda preocupado em não perder sua história. E o ato de narrar é uma das atividades de resistência de uma possível perda dessa nossa história.
História costurada com outras histórias que merecem ser narradas com paixão pelas palavras, pelos sons e pelos gestos.
Então vale algumas dicas, que não são receitas, nem passos, são apenas lembranças:
Escolha uma história de que você goste.
Aproprie-se da história (lendo, lendo, lendo).
Imagine o cenário, personagens e o tempo que a história tem.
Escolha a voz, sua e a dos personagens.
Defina uma forma de memorizar.
Compartilhe a sua história com alguém, antes de contar para todo mundo.
Cuidado com a sua postura e com os vícios de linguagem.
Não esqueça de olhar para todos.
Naturalidade, fale com o coração, para que seu ouvinte deseje ouvi-lo.
(Lúcia Fidalgo – Bibliotecária; Contadora de Histórias do Grupo Morandubetá; Escritora; Mestre em Educação)
Dentro de nós, ouvintes, vão entrando os personagens, com roupas diferentes, cenários diversos, cheiros, cores e sabores que fazem funcionar todos os sentidos.
Ouvir uma história é também saboreá-la em pedaços, sentindo a diferença de cada gosto. Doce, amargo, com gosto de sal, e por vezes, levemente temperada.
As histórias despertam os sentidos não só de quem escuta, mas também de quem conta.
O contador de história que irá contar, vestindo-se com os personagens, encantando-se com as palavras, perfumando-se com o aroma dos verbos e objetos.
Em cada movimento um olhar, um sorriso, uma pausa.
E na sala de aula, na biblioteca, no palco ou na casa da gente, vamos dando asas à imaginação em parceria com o ouvinte.
Crianças, adolescentes ou adultos, todos recebem o bilhete de entrada e partem juntos com o contador para uma viagem além das palavras. E descobrem, nessa viagem, que uma história lembra outra e que de algumas gostam mais. E gostam tanto que tem a vontade de reencontrá-la sempre e por isso pedem:
- Repete!
E a história é contada e recontada por muitas vezes. Todas as vezes que os desejos dos ouvintes solicitarem.
Cabe ao contador entender a vontade de se apropriar da história que o ouvinte muitas vezes quer. Então que sejam contadas tantas vezes quanto a vontade pedir, e que cada vez seja com a emoção da primeira vez. Uma vez única, e especial sempre para os ouvidos de quem escuta e os olhos de quem enxerga a história com os olhos do coração.
Não temos dúvida de que grande parte da história da humanidade foi impressa na oralidade e não temos dúvida também de que o mundo contemporâneo anda preocupado em não perder sua história. E o ato de narrar é uma das atividades de resistência de uma possível perda dessa nossa história.
História costurada com outras histórias que merecem ser narradas com paixão pelas palavras, pelos sons e pelos gestos.
Então vale algumas dicas, que não são receitas, nem passos, são apenas lembranças:
Escolha uma história de que você goste.
Aproprie-se da história (lendo, lendo, lendo).
Imagine o cenário, personagens e o tempo que a história tem.
Escolha a voz, sua e a dos personagens.
Defina uma forma de memorizar.
Compartilhe a sua história com alguém, antes de contar para todo mundo.
Cuidado com a sua postura e com os vícios de linguagem.
Não esqueça de olhar para todos.
Naturalidade, fale com o coração, para que seu ouvinte deseje ouvi-lo.
(Lúcia Fidalgo – Bibliotecária; Contadora de Histórias do Grupo Morandubetá; Escritora; Mestre em Educação)
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