quinta-feira, 15 de maio de 2014

QUE HISTÓRIA CONTAR?




FAIXA ETÁRIA E INTERESSES

Até 3 Anos
_ Histórias de bichos e com crianças
_ Contos rítmicos leves lúdicos e bem humorados, curtos

De 3 a 6 anos
_ Histórias de bichos
_ Pequenos contos de fadas
_ Poemas ,Trava-línguas, Parlendas
_ Cantigas de rodas
_ limeriques

7 anos a 8 anos
_ Histórias de crianças, animais e encantamentos
_ Contos de fadas
_ Aventuras no ambiente próximo: família e comunidade
_ Histórias humorísticas
_ Lendas folclóricas

9 a 10 anos
_ Mitos
_ Contos de fadas mais elaborados
_ Histórias verídicas, narrativas de viagens
_ Histórias de humor

11 e 12 anos
_ Mitos (hindus, pérsas, árabes, egípcios)
_ Narrativas de viagens
_ Histórias verídicas
_ Mitos de heróis


“ENTROU POR UMA PORTA E SAIU PELA OUTRA...
QUEM QUISER QUE CONTE OUTRA!”
Muitos são os meios utilizados para incentivar a leitura, e dentre eles está a contação de histórias, através da qual, mediador e ouvinte viajam por um mundo de sonhos e fantasias… Podemos apontar inúmeras técnicas de leitura e regras para uma boa contação de histórias, mas todos esses recursos devem estar aliados a EMOÇÂO. Sem emoção, o mediador não consegue transmitir o significado daquela leitura, e de nada adiantou aquele momento… A partir da narração de uma hitória, estamos compartilhando momentos, emoções e despertando reflexões…Mais do que técnicas, a arte de contar histórias está dentro de cada um de nós.

FORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS HISTÓRIAS
_ CONTAÇÃO
_ COM O LIVRO
_ COM GRAVURAS
_ COM FANELÓGRAFO
_ COM DESENHOS
_ COM INTERFERÊNCIA
_ PARA CADA SITUAÇÃO UM RECURSO
- COM DOBRADURAS
- COM FANTOCHES
- COM AVENTAIS

CONTAÇÃO:
_ A HISTÓRIA DEVE SER CONTADA CALMAMENTE, PORÉM COM RITMO E ENTUSIASMO.
_ USAR UMA FÓRMULAS TRADICIONAIS DE INTRODUÇÃO E DE ENCERRAMENTO.
_ AO TERMINAR: JAMAIS MORALIZAR O CONTEÚDO NEM DAR EXPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS.



CONTANDO HISTÓRIAS COM DOBRADURAS
CAROLINA E O PIRATA

Carolina morava perto do mar e adorava acordar bem cedo e ficar olhando para o horizonte, imaginando que algum dia um navio pirata chegaria àquela cidade, isso mesmo, ela adorava pirata e histórias de pirata.
Num dia de muito sol, Carolina estava lá olhando o mar, quando de repente, avistou um navio e correu para contar para seus amigos que estava chegando um navio pirata. Ninguém acreditou, mas todos foram conferir e, ao pisar na praia, que surpresa! Era um navio pirata com piratas de verdade!
Mas eles não eram tão legais como imaginavam. Foram logo dizendo:
_Vão embora! Não gostamos de crianças!
Todos foram embora e falaram:
_Carolina, esqueça essa história.
Porém, sozinha, ela disse:
_Não vou esquecer, não. Amanhã volto bem cedo para a praia e vou conhecer os piratas.
E foi o que ela fez assim que o sol nasceu. Ficou escondida olhando para o pirata, admirando seu chapéu, e, tomando coragem, perguntou:
_Seu pirata, posso olhar seu chapéu?
Ele respondeu:
_Saia daqui! Eu não gosto de crianças!
Ela insistiu e repetiu:
_Seu pirata, deixe me ver o seu chapéu. Eu gosto tanto de chapéu de pirata.
Como ela não parava de falar, o pirata disse:
_Tudo bem, eu vou te ensinar a fazer um chapéu igual ao meu.
Ela pulou, rodopiou, riu, gritou, só faltou cair de tanta alegria. E ele disse:
_Mas vamos logo, tenho mais o que fazer!!!
... FAZER A DOBRADURA DO CHAPÉU

_Está pronto! (disse o pirata).
Mas Carolina queria ficar lá conversando com o pirata e passou a fazer várias perguntas. O pirata começou a respondê-las e, com muito orgulho, contou suas histórias: os tesouros encontrados no fundo do mar, o salvamento de pessoas, as viagens... Depois de falar sobre muitas e muitas aventuras, o pirata se viu sentindo um carinho pela menininha, mas, mesmo assim, ele disse com voz grossa:
_Vá embora, que já é muito tarde e eu não gosto de crianças!
Aquele dia tinha sido o melhor dia da vida de Carolina, ela estava tão feliz que quase não conseguia dormir.
Quando acordou, adivinhem aonde ela foi? Isso mesmo: pegou seu chapéu de pirata e correu para a praia para ouvir mais histórias de pirata, mas, chegando lá, adivinhem o que aconteceu? O barco não estava mais. Ela olhou para o mar, viu-o sumindo na água e ficou muito triste.
... A PARTIR DA DOBRADURA DO CHAPÉU, FAZER O BARCO

Carolina brincou muito com seu barquinho imaginando seu amigo pirata dentro dele e, todos os dias, ao acordar, ia em direção ao mar esperá-lo voltar.
Um dia, ela estava lá, olhando o mar, quando de repente, avistou um barco grande. Porém o mar estava nervoso, as ondas, bravas, e o barco foi sendo jogado de um lado para outro... Ficou com a parte de cima e o mastro quebrados.
E o mar continuou revoltado e as ondas eram bem grandes.
O barco foi virando, virando e, então, ficou com uma parte do casco quebrada.
... RASGAR UMA PONTA DO BARCO

Depois um outro pedaço do outro lado do casco sofreu o mesmo dano.

... RASGAR A OUTRA PONTA

Carolina já estava desesperada, imaginado o pirata sumindo no meio do mar e que nunca mais iria encontrá-lo. Alguém pode imaginar o que salvará a vida do pirata?
... RASGAR A PARTE DE CIMA DO BARCO, ABRIR PARA VIRAR O COLETE.

O pirata vestiu o colete e começou a nadar, nadar... Até chegar à praia, onde deu um abraço na menininha e disse que estava com saudade. Naquele momento ele gostava de crianças e sempre as reunia para contar suas histórias e aventuras.
FIM
HISTÓRIAS ACUMULATIVAS
São narrações em que os episódios sucedem-se consecutivamente encadeados, numa seqüência pela qual os casos anteriores se repetem face à representação de outro. Os casos acumulam-se então gradualmente até o desfecho, que afinal refere-se ao próprio início da narrativa. O exemplo típico dessa espécie vamos encontrar na estória da formiguinha, cujo pé ficou preso na neve. São estórias que agradam particularmente a crianças novas, pois sua técnica baseada na interação, possibilita maior facilidade ao acompanhamento do enredo.
OUTROS EXEMPLOS:
A SARDINHA E O PATO

Uma sardinha e um pato...
Encontraram uma maneira...
De entrar em uma sapato azul...
De bolinha amarelinha
De fitinha cor-de-rosa
Que a mamãe comprou
E o papai gostou
E o vovô jogou
E o lixeiro levou...

ÁRVORE DA MONTANHA
A árvore da montanha
Nesta árvore tem um galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Neste galho tem um ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Neste ninho tem um ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore



A árvore da montanha…
Neste ovo tem um pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Neste pássaro tem uma pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Nesta pena tem uma flecha
A flecha da pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Nesta flecha tem uma fruta
A fruta da flecha
A flecha da pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho
O galho da árvore

A árvore da montanha…
Nesta fruta tem uma árvore
Ó que árvore!
A árvore da fruta
A fruta da flecha
A flecha da pena
A pena do pássaro
O pássaro do ovo
O ovo do ninho
O ninho do galho O galho da árvore

MÚSICA PARA INICIAR UMA HISTÓRIA

Palavra Cantada - Uma História

Eu vou te contar uma história, agora, atenção!
Que começa aqui no meio da palma da tua mão
Bem no meio tem uma linha ligada ao coração
Quem sabia dessa história antes mesmo da canção?
Dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão...



LIMERIQUES
São um tipo de poema bem curto. Eles falam de coisas malucas sem sentido e têm sempre cinco versos. A primeira, a segunda e a quinta linhas terminam com a mesma rima. Já a terceira e a quarta são mais curtas e rimam diferentes das outras. Ninguém sabe direito como eles surgiram, mas começaram a fazer sucesso quando um inglês barbudo, gordinho e narigudo, chamado Edward Lear, passou a escrever limeriques. .

Depois de tanta doideira e confusão...
Depois de cair com a cara no chão,
Torcer pernas e o nariz,
o palhaço partiu feliz...
Ganhou asas e virou palhaço-avião...
Elias José

PORQUÊ CONTAR HISTÓRIAS?
Dentre muitos motivos para se contar histórias, podemos destacar alguns para reflexão:

1. As histórias formam o gosto pela leitura - Quando a criança aprende a gostar de ouvir historias contadas ou lidas, ela adquire o impulso inicial que mais tarde a atrairá para a leitura.
2. As histórias são um poderoso recurso de estimulação do desenvolvimento psicológico e moral que pode ser utilizado como recurso auxiliar da manutenção da saúde mental do indivíduo em crescimento.
3. As histórias instruem –Ao enriquecer o vocabulário infantil, amplia seu mundo de idéias e conhecimentos e desenvolve a linguagem e o pensamento.
4. As histórias educam e estimulam o desenvolvimento da atenção, da imaginação, observação, memória, reflexão e linguagem.
5. As histórias cultivam a sensibilidade, e isso significa educar o espírito. A literatura e os contos de fadas dirigem a criança para a descoberta de sua identidade e comunicação e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu caráter.
6. As histórias facilitam a adaptação da criança ao meio ambiente, pela incorporação de valores sociais e morais que ela capta da vida de seus personagens.
7. As histórias recreiam, distraem, descarregam as tensões, aliviam sobrecargas emocionais e auxiliam, muitas vezes, a resolver conflitos emocionais próprios.


Percebe-se, então, quanto é importante que o professor esteja atento às reações infantis, perante as histórias contadas , podendo ser de grande ajuda para compreensão da realidade de cada uma das crianças. ”O compromisso do narrador é com a história, enquanto fonte de satisfação de necessidades básicas das crianças”.(Betty Coelho, 1991).


fonte: partilhandoideiasideais.blogspot.com.b

OLHA QUE LINDA E CRIATIVA IDÉIA! PODEMOS FAZER DE ACORDO COM A HISTÓRINHA A SER CONTADA.

RECURSOS PARA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS




A narração de uma história poderá ter diversas técnicas como suporte, cada qual se constituindo em um novo desafio para os educadores no tocante a aperfeiçoar seu conhecimento de aplicação. Alguns exemplos:


* Usar o próprio livro: Se a história for baseada em um livro com boas e fartas ilustrações, este poderá ser apresentado, apontando-se as figuras correspondentes ao momento da narrativa. O livro poderá ser utilizado com ajuda de um recurso que o exponha melhor. O cineminha que apresentamos em "Projetos" é um exemplo disso. As folhas (originais ou cópias) são anexadas umas às outras, formando um ''rolo de filme", que é apresentado às crianças através da "tela" de uma caixa de madeira.
* Gravuras: fazer uma sequência de quadros (cópias ampliadas do próprio livro ou fotografados, sendo nesse caso projetados em slides), que serão expostos à medida que a narração evolua.
* Figuras sobre o cenário: o cenário será um quadro básico, e as figuras (talvez cada personagem em algumas posições diferentes) irão compondo as cenas conforme o desenrolar. As figuras poderão ser presas com tachinhas, ou ser do tipo velcômetro (modernização do flanelógrafo, também apresentada em "Projetos").
* Fantoches: São muito apreciados pelas crianças e podem ser usadas por mais de um narrador. Outra vantagem é que se pode ter o roteiro escrito, o que facilitará a tarefa. Os fantoches também podem ser usados de forma interativa com as crianças, elas mesmo manuseando-os, ou mesmo fazendo os bonecos de cartolina com roupas de papel crepom.
* Teatro de sombras: Uma luz projeta figuras em uma superfície opaca. A sombra de bichinhos feita com as mãos exerce grande fascínio sobre as crianças e com figuras recortadas não é diferente. Elas são muito fáceis de fazer e a apresentação pode conter músicas e efeitos especiais.
* Dobraduras: Outra arte que pode representar tantas figuras quanto nossa imaginação possa alcançar. É verdade que não é uma técnica acessível a todos, mas há os que fazem... e o efeito é surpreendente! Proporciona uma boa interação com as crianças quando a narrativa acompanha a sucessão de dobraduras feitas por elas.
* Maquete: Também alcança resultado. E é mais simples do que parece: uma floresta de papel crepom, uma casinha de papelão e pequenos bonecos de feltro comandados por um contador habilidoso operarão maravilhas.

* Bocões: (tipo ventríloquo): São bonecos grandes que ficam sentadas no colo do narrador. Pode ser só um (uma vovó, um duende, etc.), que contará a história. Ou tantos personagens quantos houver na história. As crianças ficam encantadas com o efeito e praticamente esquecem-se do narrador, que pode se aproveitar deste efeito de forma hábil.
* Marionetes: São bonecos comandados por fios presos na cabeça, nas mãos e nos pés. A cena desenrola-se no chão e os operadores ficam colocados atrás de um pequeno cenário. As histórias com bastante movimento, engraçadas, são as que melhor se ajustam a esta técnica. Como os bonecos são esguios, eles se prestam às mais diversas caracterizações e podem, inclusive, trocar de roupa conforme a cena.
* Interação com a narração: Poderá ser feita uma canção para ser usada em momentos-chaves: no perigo ou quando aparece determinando personagem.
* Dedoches: São pequenos fantoches utilizados nos dedos. A vantagem é que têm um custo de material muito baixo, o que permite ter uma grande variedade deles. Também podem ser feitos e posteriormente apresentados pelas próprias crianças. A desvantagem e que não podem ser usados para uma plateia muito grande (cinco ou seis no máximo).
Não há limites para a criatividade. Coisas simples, quando usadas na hora apropriada, enriquecerão a história:
* Inclusão de um objeto real que faz parte do enredo fantasioso da história: em "Pandora", por exemplo, o suspense aumenta se no interior do círculo o narrador colocar uma misteriosa caixa.
* Um personagem que toma vida no desfecho da história: todos ficarão excitados se o cacique aparecer com seu resplandecente cocar. Ou, se ao final da história, a Emília "em pessoa" surgir para ser entrevistada pelas crianças.
* Pedir para que as crianças fechem os olhos e criar sensações de vento com um ventilador, de odor com spray de ambiente, de chuva com borrifos de água.
* Poderão também ser usados gestos, um para cada personagem (é claro que são gestos discretos, para não tumultuar). Ao contrário do que parece, este recurso não desvia a atenção: prende-a.


:: fonte: "Técnicas de contar histórias" - Vania Dohme (Ed. Informal)

As histórias possuem uma magia universal que é a capacidade de prender a atenção das crianças.


Hoje posso entender o meu grande fascínio ao ouvir uma historia durante a minha infância, lembro-me que passava os finais de semana na casa da minha avó, e minha tia contava-me algumas histórias, para mim era um momento mágico e encantador, havia um brilho imenso em meus olhos, meu coração se enchia de alegria, eu não me atrevia nem ao menos piscar os olhos, tinha medo de perder algum gesto dela, até minha respiração era lenta para não produzir nenhum ruído, era como se todo o mundo ao meu redor e inclusive eu estivéssemos congelados ou paralisados como estatuas, simplesmente contemplando aquele momento que para mim era mágico.
Esses momentos ficaram marcados em mim para sempre e diante dessa linda cicatriz, quando completei 18 anos me coloquei a disposição de uma ONG da cidade em que eu morava, ONG essa que atendia as crianças em horários opostos ao horário escolar, pude escolher qual oficina desenvolver com aquelas crianças e escolhi a “Contação de Histórias” para incentivar o habito da leitura de uma forma dinâmica e atraente aos olhos deles.
A ONG me disponibilizou muitos recursos para desenvolver essa oficina e com o decorrer do tempo descobri que eu poderia desenvolver muitos outros temas educativos através da contação de historias, foi uma experiência encantadora.
E diante de tudo isso eu resolvi dar esse tema ao meu blog, pois por conta da falta de tempo não tenho feito muitas pesquisas sobre esse assunto e transformando-o em um trabalho da faculdade voltei a pesquisar bastante e sinto a mesma alegria e encantamento diante de uma bela historia infantil.

 

Histórinhas curtas para Educação Infantil.



A Galinha dos Ovos de Ouro
Certa manhã, um fazendeiro descobriu que sua galinha tinha posto um ovo de ouro. Apanhou o ovo, correu para casa, mostrou-o à mulher, dizendo:
_ Veja! Estamos ricos!
Levou o ovo ao mercado e vendeu-o por um bom preço.
Na manhã seguinte, a galinha tinha posto outro ovo de ouro, que o fazendeiro vendeu o melhor preço.
E assim aconteceu durante muitos dias. Mas, quanto mais rico ficava o fazendeiro, mais dinheiro queria.
Até que pensou:
"Se esta galinha põe ovos de ouro, dentro dela deve haver um tesouro!"
Matou a galinha e ficou admirado pois, por dentro, a galinha era igual a qualquer outra.
Esopo
Quem tudo quer tudo perde.
O Leão e o Ratinho
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.
Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Uma boa ação ganha outra.
A Lebre e a Tartaruga
Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga.
Certa vez, a tartaruga já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre muito segura de si, aceitou prontamente.
Não perdendo tempo, a tartaruga pois-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária, e vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada toda sorridente.

Moral da história: Devagar se vai ao longe!
A Menina do Leite
A menina era só alegria.
Era a primeira vez que iria à cidade, vender o leite de sua querida vaquinha.
Colocou sua melhor roupa, um belo vestido azul,e partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça.
Ao caminhar, o leite chacoalhava dentro da lata.
A menina também, não conseguia parar de pensar.
"Vou vender o leite e comprar ovos, uma dúzia."
"Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos."
"Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas."
"Vendo os galos e crio as galinhas, que são ótimas para botar ovos."
"Choco os ovos e terei mais galos e galinhas."
"Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas."
"Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ..."
A menina estava tão distraída em seus pensamentos, que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo.
Lá se foi o leite branquinho pelo chão.
E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.

Moral da história:
Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.
O Cão e a Carne.
Era uma vez um cão, que ia atravessando um rio; levava na boca um suculento pedaço de carne. Porém, viu na água do rio a sombra da carne, que era muito maior.
Prontamente ele largou seu pedaço de carne e mergulhou no rio para pegar o maior. Nadou, nadou e não achou nada, e ainda perdeu o pedaço que levava.

Moral da história: Nunca deixes o certo pelo duvidoso. De todas as fraquezas humanas a cobiça é a mais comum, e é, todavia a mais castigada.
·.
 
http://historiasseriesiniciais.blogspot.com.br/

quinta-feira, 8 de maio de 2014



Contar e ouvir histórias é sempre um convite à descoberta. Quando ouvimos a palavra contada arregalamos nossos olhos, esticamos nossos ouvidos e o corpo relaxa como se estivesse se aprontando para receber o conto.
Dentro de nós, ouvintes, vão entrando os personagens, com roupas diferentes, cenários diversos, cheiros, cores e sabores que fazem funcionar todos os sentidos.
Ouvir uma história é também saboreá-la em pedaços, sentindo a diferença de cada gosto. Doce, amargo, com gosto de sal, e por vezes, levemente temperada.
As histórias despertam os sentidos não só de quem escuta, mas também de quem conta.
O contador de história que irá contar, vestindo-se com os personagens, encantando-se com as palavras, perfumando-se com o aroma dos verbos e objetos.
Em cada movimento um olhar, um sorriso, uma pausa.
E na sala de aula, na biblioteca, no palco ou na casa da gente, vamos dando asas à imaginação em parceria com o ouvinte.
Crianças, adolescentes ou adultos, todos recebem o bilhete de entrada e partem juntos com o contador para uma viagem além das palavras. E descobrem, nessa viagem, que uma história lembra outra e que de algumas gostam mais. E gostam tanto que tem a vontade de reencontrá-la sempre e por isso pedem:
- Repete!
E a história é contada e recontada por muitas vezes. Todas as vezes que os desejos dos ouvintes solicitarem.
Cabe ao contador entender a vontade de se apropriar da história que o ouvinte muitas vezes quer. Então que sejam contadas tantas vezes quanto a vontade pedir, e que cada vez seja com a emoção da primeira vez. Uma vez única, e especial sempre para os ouvidos de quem escuta e os olhos de quem enxerga a história com os olhos do coração.
Não temos dúvida de que grande parte da história da humanidade foi impressa na oralidade e não temos dúvida também de que o mundo contemporâneo anda preocupado em não perder sua história. E o ato de narrar é uma das atividades de resistência de uma possível perda dessa nossa história.
História costurada com outras histórias que merecem ser narradas com paixão pelas palavras, pelos sons e pelos gestos.
Então vale algumas dicas, que não são receitas, nem passos, são apenas lembranças:
Escolha uma história de que você goste.
Aproprie-se da história (lendo, lendo, lendo).
Imagine o cenário, personagens e o tempo que a história tem.
Escolha a voz, sua e a dos personagens.
Defina uma forma de memorizar.
Compartilhe a sua história com alguém, antes de contar para todo mundo.
Cuidado com a sua postura e com os vícios de linguagem.
Não esqueça de olhar para todos.
Naturalidade, fale com o coração, para que seu ouvinte deseje ouvi-lo.
(Lúcia Fidalgo – Bibliotecária; Contadora de Histórias do Grupo Morandubetá; Escritora; Mestre em Educação)

"DAVI USA ÓCULOS VERMELHO-CAQUI"
Escrito por Mymi Doinet
Ilustrador Nanou
Tradução Graziella Betting
Coleção Os Outros e Eu
Ed Larousse do Brasil

Gosto muito desses livros que conseguem tratar "diferenças" de uma maneira delicada.
É o que acontece nesse livro, um coelhinho com problemas de vista.. e a história tão gostosa, que mesmo sem querer consegue mostrar para a criança que usar óculos (quando é preciso) não é motivo para vergonha.

O livro conta a história de Davi, que é um coelhinho bastante esperto, mas que não enxerga muito bem, nem de longe e nem de perto. Tem muita dificuldade para ler livros...

Então a Mamãe Coelha leva o coelhinho para fazer exame com Dr Pedro, o oftamologista.
E depois da consulta Dr pedro exclama: "Você precisa usar óculos! Vou receitar uma lente!".

Davi então vai a Ótica da Dona Piscadela para escolher uma armação para seus óculos: não quis a verde, achou que ficaria igual a um sapo!, também não quis a cor-de-rosa que era cheia de brilhante, e ele ia parecer uma boneca horrorosa. Por fim, a escolha de Davi foi uma armação vermelho-caqui.

No começo Davi estranhou, nem queria virar o rosto, com medo do óculos cair! Mas seu pai o tranquiliza, diz que são para o seu tamanho, e que ele não precisava se preocupar, que não cairia nem quando ele fosse patinar.

Pela manhã ele vai para a escola mal-humorado, reclamando que na sala dele ninguém usava óculos. E por estar envergonhado, Davi esconde seus óculos em sua pasta marrom.

Na hora do teatro de fantoches quem persegue a Chapeuzinho Vermelho? Ele não conseguia ver direito - não sabia se era um monstro ou uma bruxa malvada. Então resolve por os óculos sem ninguém perceber, e então grita: é um lobo mau!

Caio, o coelhinho mais levado da sala diz que Davi com os óculos ficou com cara de inteligente. E como ninguém riu dos óculos, Davi ficou contente, satisfeito e consegue ver tudo nítido!
E no dia seguinte Davi tem uma surpresa: Clara sua amiga também aparece usando óculos, azuis da cor do céu!

"EU NUNCA VOU COMER UM TOMATE"
Texto e ilustrações Lauren Child
Tradução Lavínia Fávero
Coleção Charlie e Lola
Ed Ática
 
Nesse livro o Charlie conta da dificuldade de dar jantar para a Lola, sua irmã mais nova.
A Lola não gosta de comer cenoura, pois diz que é coisa de coelho e as ervilhas são verdes demais.
E como muitas crianças ela não gosta de comer nem ervilha, nem cenoura, nem batata, nem cogumelo, nem ovo, nem salsicha.. e ela declara que "nunca, jamais, de jeito nenhum vai comer tomate".
E então o Charlie resolveu aprontar uma com a Lola. Disse que naquele dia não teria nada disso.. nada de ervilha, cenoura, batata... e que com certeza não tinha nenhum tomate.
Lola olhou para a mesa e perguntou "Mas porque estas cenouras estão aqui Charlie?" e então ele disse "Ah, você acha que é cenoura, mas não são. São palitinhos laranjas de jupiter."
Ela ainda acha que parecem com cenouras, e ele insiste "Mas como podem ser cenouras? Não existem cenouras em Jupiter" e assim ela come toda a cenoura.
E assim acontece com as ervilhas, que se transformam em "pingos verdes, de Cabo Verde; o purê de batatas vira flocos de nuvens; tirinhas de peixe viram petiscos oceânicos, os preferidos das sereias..
E depois de comer tudinho, sem problemas a Lola olha para a mesa e diz ao Charlie "Charlie, você pode me passar um daqueles?" e ele surpreso confirma: " "O que? Um desses?" E então a Lola pede um tomate dizendo "Sim, claro um esguichos da lua, são os meus preferidos. Você não achou que eram tomates, achou, Charlie?"
Atualmente vemos a necessidade de renovar as atividades que trabalhem os sentimentos e a
afetividade dos alunos. Trabalhar com histórias na sala de aula estimula os alunos/as na
elaboração de uma série de dificuldades de aprendizagem, muitas delas tendo como pano de
fundo a dimensão das emoções. O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre a
importância da contação de histórias para a compreensão do imaginário infantil no processo
ensino aprendizagem. Sabemos que a arte de contar histórias se apresenta desde tenra idade
no seio familiar, na relação entre pais e filhos, avós e netos. Na contação de histórias tanto
contador como o ouvinte tende a viajar pelas palavras narradas indo para o seu interior e
voltando-se para mundos desconhecidos, vividos ou fantasiados e imaginados em um mundo
próprio ou coletivo, o que significa a possibilidade um auto-conhecimento e um caminho para
enfrentar os próprios sentimentos.
A contação de histórias se faz presente até os dias atuais por sua tradição oral, mesmo em
pleno século XXI a contação de histórias ainda rouba a cena da era tecnológica mesmo esta
sendo um dos recursos da arte de contar no período atual.